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Resumo de Terapia de Vidas Passadas

  • Foto do escritor: clinicadehipnose
    clinicadehipnose
  • 4 de jan. de 2023
  • 30 min de leitura


RESUMO DE TERAPIA DE VIDAS PASSADAS

A Terapia de Vidas Passadas tem vários nomes:

Terapia de Vivências Passadas (TVP) Terapia de Regressão a Vivências Passadas (TRVP) Terapia de Regressão a Vidas Passadas (TRVP) Terapia de Regressão (TR) Regressão Terapêutica

Na Parapsicologia é chamada de Retrocognição.

A Terapia de Vidas Passadas é, antes de tudo, uma prática terapêutica que visa a cura de sintomas psíquicos. Não é o objetivo da Terapia de Vidas Passadas a busca da cura física. No entanto, a cura física pode ocorrer na TVP e ela será uma consequência da cura psíquica e emocional.

As supostas Vidas Passadas, algumas vezes, aparecem espontaneamente na regressão de memória no consultório de alguns hipnotizadores. Alguns atribuem a fantasia, chamando de memórias estranhas. O próprio Freud pode ter encontrado vidas passadas em suas regressões. Terapeutas como Brian Weiss, Lívio Túlio Picherle, Fernando Rabelo, e outros descobriram espontaneamente o fenômeno das vidas passadas dentro da hipnose.


Terapia de Vidas Passadas é uma abordagem terapêutica, e não apenas uma técnica específica. Ela é um sistema de terapia, uma abordagem, uma linha terapêutica, e não apenas um método ou técnica isolado de um contexto ou de uma abordagem de intervenção psíquica. Não se pode conceber a TVP como uma técnica separada de uma abordagem que lhe dá sustentação teórica. Dessa forma, a Terapia de Vidas Passadas é uma abordagem em si mesma, e não apenas uma técnica.

A TVP não tem vínculo oficial com a Psicologia, a Medicina ou qualquer ciência humana. Trata-se de um conhecimento independente.

A Terapia de Vidas Passadas não tem origem numa revelação espiritual. Ela é uma terapia que teve origem em pesquisas empíricas. Qualquer linha que afirme sua origem numa “revelação superior” de “mestres” ou “espíritos” está automática e necessariamente excluída da TVP.

Alguns terapeutas usam a hipnose sugestiva; outros, no entanto, usam apenas técnica de indução não-hipnótica, baseada no relaxamento, concentração e visualização de imagens. A hipnose não é essencial à TVP. Alguns terapeutas ainda utilizam hipnose, mas a maioria dos terapeutas de regressão atuais se utilizam de métodos não-hipnóticos. Os métodos não hipnóticos são menos invasivos e indutivos.

A TVP funciona de forma semelhante a uma psicoterapia, com várias sessões que podem levar meses de duração, com um trabalho sequencial, estruturado e progressivo de métodos para se alcançar os conteúdos mentais latentes e as experiências traumáticas de vidas passadas.

Na TVP não vamos apenas lembrar o passado, como se fosse apenas uma informação teórica e intelectual. Nós vamos, isso sim, reviver o passado, experimentá-lo, reatualizado, e sentir toda a carga do passado no presente, no aqui e agora. A TVP não é mera lembrança ou recordação, mas experiência direta.A TVP pode levar uma pessoa a regressar no tempo até os primeiros períodos da vida atual – como infância, nascimento e vida intrauterina. No entanto, a TVP declara ser possível conduzir o ser humano a estados de consciência anteriores ao nascimento físico e a fase intra-uterina; estados que transcendem a perspectiva de sua personalidade atual e que alcançam aquilo que conhecemos por “encarnações passadas”.

A Terapia de Vidas Passadas trabalha com a hipótese da reencarnação. A reencarnação é apenas uma dentre outras hipóteses que tentam explicar as visões, sensações e emoções que surgem durante a regressão. Outras explicações são a fantasia, a fraude, a memória genética, a criptomnésia, etc. A reencarnação, no entanto, é a hipótese mais aceita entre os terapeutas e a que oferece a melhor base de trabalho.


Um dos princípios básicos da TVP é este: as memórias do passado influenciam o nosso presente. O inconsciente é atemporal, isso significa que o que ocorreu no passado pode estar presente em nós. Essas memórias podem criar conflitos, sintomas, bloqueios, transtornos e dificuldades diversas. Mas essas memórias não geram apenas reflexos negativos, elas também podem gerar efeitos positivos na vida atual.A única justificativa de se voltar ao passado e resgatar uma memória é o fato de que essa memória continua dentro de nós e nos influencia nos dias de hoje. O passado não está lá longe, está aqui e agora, presente, vibrando e pulsando, pedindo uma significação, descarga e compreensão. O passado está dentro de nós e nos constitui como seres humanos.A TVP absorve alguns princípios das tradições espirituais, mas isto ocorre por que as evidências clínicas apontavam nesta direção.A TVP não é ciência, e nem é aceita pelos conselhos de Psicologia, de Medicina, de Enfermagem, ou qualquer outro. Apesar de seguir uma metodologia científica e empírica, baseada na experiência e na comparação dos dados de muitos casos, conceitos abstratos como reencarnação, karma, corpo espiritual, entrevidas, etc, ainda a impedem de ser aceita pela maior parte da comunidade científica.A TVP não tem como objetivo a pesquisa para se comprovar a reencarnação, pois, como há dissemos, é uma abordagem terapêutica. O objetivo é o bem estar físico e emocional das pessoas.

A TVP é considerada mais rápida em seus resultados do que as psicoterapias convencionais. Denis Kelsey, trabalhando com a regressão a vidas passadas, disse: “Em um período máximo de doze horas de terapia de regressão, eu posso realizar aquilo que um psicanalista demoraria três anos.” Apesar disso, a TVP não é uma panacéia, ela não cura ou resolve todos os problemas e tampouco funciona para todas as pessoas, assim como qualquer técnica ou terapia científica ou não científica.

TVP não cura doenças, nós dizemos que ela promove um alívio de sintomas. Se um terapeuta prometer cura, desconfie. Além de estar prometendo algo que pode não cumprir, pode estar praticando exercício ilegal da medicina. Nenhum terapeuta pode prometer cura física, podemos apenas dizer que vamos harmonizar as emoções, e com isso, um bem estar físico pode ser alcançado.

A TVP busca encontrar nossos “eus” do passado, aqueles personagens que estão dentro de nós e que continuam influenciando nossas escolhas e nossa vida.

A experiência das vidas passadas durante a regressão é independente das crenças dos indivíduos. Uma pessoa não precisa acreditar em vidas passadas para realizar a regressão e ver uma vida passada, assim como ninguém precisa acreditar no efeito de um medicamento alopático para ele causar efeitos específicos em nosso organismo. Céticos ou religiosos ortodoxos têm a mesma probabilidade de verem vidas passadas e se beneficiaram da terapia do que os crentes na reencarnação.A terapia de vidas passadas não é uma religião e nem está ligada a qualquer credo estabelecido, ou a qualquer instituição, nem direta nem indiretamente. A TVP tem seu próprio campo de investigação e não aceita imposições religiosas dentro de sua abordagem clínica. Alguns terapeutas superficiais podem tentar trazer à TVP conceitos de sua religião preferida, mas isto é um grande equívoco. Alguns termos como “alma”, “espírito”, “reencarnação”, “corpo espiritual” são adotados por serem os mais comuns, mais conhecidos e para o público conseguir formar uma ideia aproximada do que ocorre durante as sessões. Mas estes são termos utilizados em várias religiões e não são exclusivos de nenhuma doutrina ou culto, posto que possivelmente representam ideias universais.

PRINCIPAIS CONCEITOS E IDEIAS

Reencarnação: Significa literalmente “retorno à carne”. É a lei dos nascimentos e mortes; a teoria das vidas sucessivas da alma. Também chamada de Palingenesia. Os seres precisam nascer, viver e morrer muitas e muitas vezes como forma de se desenvolverem e aprenderem. A ideia do renascimento está abundantemente disseminada entre as mais diferentes culturas antigas. O renascimento estaria presente não apenas nos seres humanos, mas em animais, vegetais, minerais, em todos os seres e coisas do universo em seus mais variados graus de existência. A reencarnação pode explicar todas as diferenças sociais, os privilégios de classe, as tendências humanas, as diferenças fisionômicas, os graus de inteli­gência, as habilidades e faculdades que emergem em terna idade. Pode explicar o motivo de pertencermos a uma família, as disputas entre as pessoas, as simpatias e as antipatias, as semelhanças de pensamentos e modos de ser. O que diferencia os homens e os faz superiores e outros inferiores; os conflitos entre as nações, as guerras entre países que devastaram milhões; a aparência, a beleza física, as marcas de nascença, as deformidades orgânicas, as malformações físicas, as inclinações boas ou ruins, as aspirações, os desejos mais ocultos do coração humano, os ideais e as tendências, etc. Tudo isso pode ser explicado pela reencarnação. A reencarnação nos torna responsáveis pelo que nos ocorre em nossa vida. Ideias de acaso, sorte e azar passam a não fazer sentido quando aderimos a ideia da reencarnação, pois tudo o que acontece é um resultado de nossas ações, escolhas, emoções e pensamentos. Pesquisas com a TVP mostram que a vinda à matéria não é compulsiva, mas na maioria das vezes os espíritos aceitam nascer, pois entendem que essas experiências são importantes para o seu desenvolvimento espiritual. A reencarnação é, ao mesmo tempo, uma prisão e uma benção. É uma prisão para o eu humano ainda limitado, e uma benção para o espírito que anseia pelo despertar espiritual. Embora a expressão “vidas passadas” ou “vidas sucessivas” seja utilizada, não devemos esquecer que a vida do espírito é apenas uma. Não existem muitas e muitas vidas, há apenas uma vida, que é a vida da alma, do espírito, ou do ser cósmico que somos. Grandes personalidades acreditavam na reencarnação, como Jesus, Buda, Krishna, Goethe, Lessing, Giordano Bruno, Platão, Pitágoras, Allan Kardec, Charles Fourier, Schope­nhauer, Frederico, o Grande, Goethe, Swedeborg, Gandhi, Immanuel Kant, William Blake, Schiller, Mazzini, Leon Tolstoi, Arthur Conan Doyle, Gustav Mahler, Henry Ford, General Paton, Aldous Huxley, Plotino, Orígenes, Tertuliano, Jâmblico, Pórfiro, Cícero, dentre muitos outros. As maiores fontes de conhecimento sobre a reencarnação que temos acesso aqui no ocidente são:  a tradição Hinduísta, a Teosofia de Heleva Blavatsky, o Espiritismo de Allan Kardec, as leituras de Edgar Cayce e os trabalhos de Albert de Rochas.  As maiores evidências ou sinais de que a reencarnação existe são:  doenças e sintomas congênicos (doenças que não tem uma explicação na vida atual e nem uma condição clínica que fundamente sua existência; Sonhos repetidos (sonhos que revelam experiências de vidas passadas, que são a forma mais comum de regressão espontânea que existe); a genialidade, os meninos prodígios e as vocações inexplicadas (ideias inatas, talentos raros precoces e vocações que não foram desenvolvidas na vida atual são boas evidências de que existem vidas passadas);  Marcas de Nascença (marcas, sinais, vermelhidão, traços na pele, e outras características físicas podem ser um reflexo de experiências traumáticas ou outros tipos de experiências que a pessoa viveu em outras vidas); traumas, fobias e sintomas sem causa aparente (quando uma pessoa tem sintomas que não encontra qualquer início na vida atual, é possível e até provável que a causa se encontra em outras vidas); simpatias e antipatias não explicadas (aqui entra o amor à primeira vista, afinidades, paixões, sentimentos fortes de amor ou ódio, aversão ou repulsa, assim como antipatias gratuitas que sentimos por pessoas que sequer conhecemos, ou que nada nos fizeram na vida atual que justifique tais sentimentos); recordações de vidas passadas em crianças (existem e são em grande número).


Metempsicose: A ideia de que os seres humanos podem voltar a nascer como animais. Essa noção não encontra base na terapia de vidas passadas.Lei do Karma: Karma é uma palavra sânscrita que significa “ação”. Diz-se da lei de ação ou reação, ou lei de causa e efeito. Tudo que realizamos retorna para nós. Colhemos aquilo que plantamos. O que somos hoje é um resultado de tudo aquilo que plantamos no passado desta vida e de todas as nossas vidas anteriores. O karma não é algo fixo ou definitivo, ele pode ser modificado pelas nossas ações atuais e pelo aprendizado, perdão, arrependimento e reparação dos erros passados. O karma será mais grave ou menos grave dependendo da nossa intenção. Ele também varia em função do grau de conhecimento e maturidade de uma alma. Isso significa que quanto mais instruída é a alma, mais ela deverá se responsabilizar pelos seus atos e decisões. Não são apenas ações que criam um bom ou mau karma, mas também sentimentos e pensamentos. Existe também o karma coletivo, que é o karma de uma família, um grupo maior de indivíduos, um país, um planeta, etc.A Terapia de Vidas Passadas pode tratar diversas fases ou período da vida, tais como:Adolescência: Representa o intervalo entre a infância e a vida adulta. É uma fase de desprendimento da dependência dos pais e da busca de uma identidade própria, por isso é um período caracterizado por muitos conflitos, choques e transições turbulentas. Fase de autoafirmação e contestação de regras, papéis e autoridades. Embora seja raro, o terapeuta pode identificar e tratar situações, traumas e conflitos da adolescência.

Infância: É a fase das primeiras experiências da alma em um novo corpo físico. É caracterizada pelo desafio de passar pelo crescimento físico, assumir o controle do organismo, estar suscetível a muitas influências, principalmente dos pais; estar dependente e vulnerável ao meio ambiente e todos os seus percalços. A infância é a fase da formação da personalidade e dos principais traumas que ficam para toda a vida. É possível regressar a essas situações, verificar sua influência atual e tratá-las.

Nascimento: Período de passagem entre a formação do corpo no útero materno e a chegada na vida física.Representa um choque para a alma vindoura com a entrada definitiva no corpo e o primeiro contato (geralmente pesado) com o meio ambiente. É considerado um trauma em si mesmo. O nascimento pode também trazer conflitos e sintomas, por isso ele deve ser adequadamente tratado.

Vida intrauterina: Esta é a fase mais próxima do plano espiritual, que se caracteriza pela formação do novo veículo a ser usado pela alma durante toda a vida. A fase uterina é ainda mais suscetível de receber impressões dos pais do que a infância. As pesquisas com a TVP indicam que muitos traumas de vidas passadas são reestimulados durante a gestação pela força de certos acontecimentos. É possível retornar ao útero materno e rever a influência positiva ou negativa que o feto e o espírito (que aguarda a entrada no corpo) receberam antes do nascimento.

Roteiro kármico: Também chamado de “programa de vida” ou “proposta encarnatória”. É uma reunião que se realiza antes da fase uterina, ainda no plano espiritual. Geralmente é feita na presença de outros espíritos (com os quais vamos conviver na vida física que virá) e também com espíritos superiores, chamados de senhores do karma. A alma deve programar toda a sua existência, com situações mais ou menos rígidas pelas quais deve atravessar para ser testada e assim aprender e evoluir. As escolhas de como será a vida cabem a alma, mas ela pode não estar apta a decidir sobre tudo por causa do sua ignorância ou imaturidade espiritual. Nessa circunstância entram em cena os “senhores do karma”, ou “planejadores”, que ajudam nessa programação de vida.

Entrevidas ou intermissão: O entrevidas significa literalmente “entre uma vida e outra”. Representa o estado de passagem da alma entre duas encarnações, onde o espírito deve realizar certas tarefas e aguardar seu próximo nascimento. É o período que a alma passa no plano espiritual, também chamado de intermissão na TVP. A descrição do que contém nesse período é polêmica. Muitos falam de cidades espirituais ou colônias. Outros falam de um tempo maior ou menor de estadia no plano espiritual que pode variar de algumas poucas semanas a vários séculos de duração, talvez dependendo do nível de desenvolvimento do espírito (alguns afirmam que, quanto mais rapidamente ele reencarna, mais inferior é a alma). Dizem também que o tempo flui de modo diferente quando a alma se encontra fora dos limiares do plano material denso. Algumas pessoas encontram seu ser real e essencial, seu espírito puro, no estágio entrevidas, pois estão despojadas de matéria, da forma e das tendências das personalidades. Mas alguns resquícios de comportamento, dos padrões emocionais e dos apegos ainda permanecem. Há zonas superiores, mais sutis, onde os espíritos vivem regidos pela lei do amor e da harmonia; e há zonas inferiores, mais densas, onde os espíritos vivem sobre as regras das paixões, dos instintos, da animalidade, e das emoções inferiores. Os impulsos e desejos internos é o que define as afinidades e as zonas mais ou menos elevadas as quais um espírito deveria permanecer durante a intermissão. Regredir ao espaço entrevidas pode também trazer benefícios terapêuticos, mas não tanto quanto o regresso e o tratamento das vidas passadas.

Morte física: Retornar e reexperimentar a fase da morte numa vida passada é de suma importância para a alma. A morte e o nascimento são os dois maiores traumas que os seres humanos podem atravessar. A forma e as condições pelas quais morremos numa vida passada pode determinar a vida futura, e ser fonte de diversos sintomas e conflitos atuais. Uma morte mal atravessada, mal digerida, repentina, traumática ou inconsciente pode trazer inúmeros problemas. Essa é, sem dúvida, a experiência mais intensa que podemos ter e a que mais se repercute em nós.

Raymond Moody, pesquisador que cunhou o termo “Experiência de Quase Morte”, investigou a TVP e fez um resumo das suas principais características:

As Experiências de Vidas Passadas são geralmente visuais. As Regressões a vidas passadas parecem ter vida própria. As Imagens dão a estranha impressão de familiaridade. O indivíduo se identifica com um personagem. Emoções de vidas passadas podem ser revivenciadas durante a regressão. Os eventos de vidas passadas podem ser vistos sob duas perspectivas distintas: primeira e terceira pessoa. A experiência geralmente reflete questões atuais da vida da pessoa. As condições mentais podem realmente melhorar depois da regressão. As regressões podem afetar as condições clínicas. As regressões se desenvolvem conforme os significados e não segundo uma sequência histórica. Regressões a vidas passadas se tornam mais fáceis com a repetição. A maior parte das vidas passadas é comum.

CONTRAINDICAÇÕES

Gravidez Psicose e pré-psicose Problemas Cardíacos Surdez Epilepsia Asma (somente quando acompanhada da bombinha). Pressão Alta (só se pode fazer quando a pressão sanguínea estiver controlada por medicamentos). Deficiências mentais, retardamento Pós-prandial.

AS DISTORÇÕES

São ideias equivocadas ou distorcidas que estão propagadas sobre a TVP, mas nenhuma destas ideias é real:

A TVP é uma terapia perigosa (FALSO: o único perigo é fazer nas contraindicações ou com um terapeuta desqualificado).

Posso ficar preso ao passado ou a uma vida passada (FALSO: ninguém fica preso ao passado).

Reviver uma vida passada pode fazer a pessoa surtar ou enlouquecer (FALSO: ninguém surta ou enlouquece fazendo a TVP).

Ficarei inconsciente e não me lembrarei de nada depois (FALSO: apenas em raríssimos casos isso ocorre).

A maior parte das pessoas que fazem regressão diz ter sido pessoas famosas (FALSO: a maioria das pessoas foram pessoas simples, vivendo uma vida simples. É raríssimo encontrar alguém que se veja como um personagem histórico de destaque).

É preciso equilibrar a pessoa antes de fazer a regressão a vidas passadas (FALSO: a própria TVP ajuda a equilibrar a pessoa).

Espíritos de luz podem bloquear o processo (FALSO: o bloqueio existe apenas em nossa mente, e é determinado pelo nosso querer e por processo de resistência inconscientes).

A TVP só deve ser procurada em último caso (FALSO: a TVP pode ser procurada em primeiro lugar. Em caso de doença física, deve-se sempre procurar ajuda médica antes da realização da TVP).

Vida de algoz pode provocar culpa ou remorso (FALSO: ninguém fica se sentindo culpado ou com remorso por descobrir que provocou sofrimento a outros em vidas passadas).

Minha convivência com familiares pode ser prejudicada após saber de coisas ruins que ocorreram em vidas passadas (FALSO: as relações com nossos entes queridos e pessoas próximas tendem a melhorar após a terapia.)

A REGRESSÃO

A regressão de memória tem dois significados principais:

Ela pode se referir à técnica utilizada, a técnica que permite a regressão de memória. Ou pode significar a capacidade humana de relembrar, reviver, reexperimentar, reavivar, ou trazer à tona nossa memória do passado desta vida ou de outras vidas.

Regressão é basicamente o ato de recuperar memórias perdidas e revive-las.

Quanto à intenção, a regressão de memória pode se apresentar de duas maneiras:

Regressão espontânea ou provocada: a regressão de memória pode ser espontânea, ocorrendo sem a participação de um profissional, onde a própria pessoa vê por si mesma uma ou mais vidas passadas. A regressão provocada ocorre geralmente com a utilização de várias técnicas de indução a um estado alterado de consciência.Quanto ao tipo, ela pode se apresentar como:

Regressão terapêutica: Esta é a regressão provocada por um profissional terapeuta, onde se busca a causa de sintomas e se trabalha sobre eles visando a cura. Praticam esta abordagem terapeutas consagrados como Morris Netherton, Roger Woolger, Hans Tendam, Edith Fiore, Bruce Goldberg, dentre outros.


Regressão de pesquisa: Esta é a forma de regressão que possui uma orientação de pesquisa, a fim de comprovar ou não a realidade da existência de vidas passadas e da reencarnação. Praticaram este tipo de regressão Albert de Rochas, Helen Wambach, Leon Denis, Gabriel Dellane, Hermínio Miranda, Hernani Guimarães Andrade, dentre outros.Há vários tipos e condições diferentes de regressão:A Regressão espontânea: Um tipo de regressão que ocorre sem ser provocado por técnicas, uma forma não intencional de regressão. A regressão espontânea é mais comum do que se imagina. Ocorre principalmente pela via dos sonhos, mas também pela visita a um local antigo, pelo contato com determinadas pessoas, por algumas doenças, por substâncias psicoativas, por filme, livro ou referências diversas sobre países, culturas, geografias, climas, etc; pelo relaxamento, meditação ou outras práticas espirituais, dentre outras formas de gatilho que podem fazer surgir memórias espontâneas de outras vidas.TIPOS DE REGRESSÃO ESPONTÂNEARegressão espontânea pode ser ativada por dezenas de estímulos e circunstâncias, vejamos os principais:

Regressão pelos sonhos: Esta é a forma mais comum de regressão espontânea. Pessoas sonham muito com suas vidas passadas.

Deja vu: Significa “já visto”. Quando as pessoas passam por locais ou situações e tem a nítida impressão de já terem vivido ou cruzado aquele local antes.

Recordação pelo reconhecimento instantâneo de uma pessoa: Após um inesperado encontro com alguém que convivemos em outras encarnações, uma regressão espontânea rápida ou uma ligeira impressão de familiaridade pode trazer informações de nossas vidas passadas.

Recordação por associação de fatos: Situações que passamos na vida atual que são parecidas com circunstâncias já vividas no passado de outras vidas podem trazer à tona uma memória perdida de outra encarnação.

Recordação provocada pelo contato com lugares: Visitas a países, construções, templos, catedrais, cidades, monumentos, e outros locais que tivemos um contato mais prolongado e uma experiência mais intensa em vidas passadas podem, algumas vezes, ativar lembranças mais ou menos nítidas destes mesmos lugares.

Recordação provocada por doenças graves ou traumas intensos: Alguns traumas muito intensos e também doenças graves podem abrir nossa consciência e evocar memórias perdidas de um passado remoto.

Recordação provocada por surtos psicóticos ou transtornos diversos: quando uma pessoa cai num surto psicótico, o conteúdo dessa explosão de sentimentos pode retratar certos acontecimentos vividos em outras vidas. O próprio surto pode ter relação com algo ocorrido em vidas passadas.

Recordação por manifestação da personalidade de vidas passadas em casos de transtornos dissociativos: Isso ocorre no chamado “Transtorno Dissociativo de Identidade”, onde o paciente passa a expressar duas ou mais personalidades diferentes da personalidade normal. O próprio transtorno pode já caracterizar uma regressão espontânea onde as nossas vidas passadas falam por nosso intermédio.

Recordação por ativação de faculdades paranormais: Quando uma pessoa tem sua paranormalidade ativada, junto com ela podem vir cenas, sensações, emoções e informações diversas sobre uma ou mais vidas passadas. Paranormais ou médiuns passam a conhecer, alguns desde tenra idade, uma vida ou mais de uma vida passada.

Recordação por uso de substâncias psicoativas: Utilizado em culturas antigas, no Xamanismo e em outras correntes. Muitas substâncias podem fazer emergir memórias de vidas passadas durante rituais ou profundas introspecções. É preciso cuidado com o uso exagerado dessas substâncias.

Outros ativadores de regressões espontâneas são:

Recordação por Obsessão Espiritual: Recordação por experiência fora do corpo Recordação por EQM (experiências de quase morte) Recordação por meditação ou experiências místicas: Pela intervenção de espíritos Por entidades através de médiuns Por sensitivos ou videntes Recordação por passes magnéticos

OUTROS TIPOS DE REGRESSÃO

Regressão em Grupo: É a regressão feita com duas ou mais pessoas. Pode tratar um grande número de pessoas ao mesmo tempo, mas o faz de uma forma superficial. Tem seus pontos positivos e negativos.

Regressão Simbólica: Essa regressão ocorre sem conteúdos literais, mas com uma vivência simbólica. Ocorre apenas em alguns poucos casos. Aqui não se vê uma vida passada tal como ocorreu, mas sim pela via simbólica. O inconsciente vai produzindo símbolos.

Regressão a outros reinos ou fases de evolução: É possível uma pessoa se perceber como sendo um animal qualquer numa vida passada (mamíferos, dinossauro, aves, peixes, etc). As vidas passadas de animais ocorrem antes do início das vidas passadas como seres humanos. A TVP não oferece qualquer base para a ideia de que os seres humanos podem retornar ao reino animal. Também é possível se fazer a regressão a vidas no reino vegetal, onde as pessoas se veem como árvores e plantas de diversos tipos. Por outro lado, embora isso seja bem raro, algumas pessoas também se veem com vidas minerais, sendo pedras de vários tipos ou cristais. Alguns dizem que anterior ao reino mineral há outros reinos de evolução, como o gasoso e o elétrico, que seriam inferiores. Há possibilidade de se ir além, e se ver ainda em outros reinos ou padrões de existência, como universos onde tudo é energia, vibrações, correntes de forças e sintonias. Também já foram encontrados seres geométricos, anjos e seres cósmicos diversos. Além disso, hipoteticamente, é possível retornar até a Criação do próprio Universo e se banhar na própria energia criativa de onde tudo provém. Francesca Rossetti é uma terapeuta que defende esta possibilidade. No entanto, tudo isso é apenas uma teoria, e ainda precisa de mais experiências até ser mais aceito.

A Regressão em Espíritos: A regressão pode ocorrer em encarnados ou desencarnados, no plano visível ou invisível. É possível realizar a regressão de memória em espíritos e faze-los ver suas vidas passadas. Pode ser usada também como técnica de desobsessão em centros espíritas, nos obsessores incorporados em médiuns.

A Regressão a vidas felizes: São vidas em que a maior parte do tempo, ou todo o tempo gozamos de imensa alegria, bem estar e plenitude. As vidas felizes não são muito comuns de serem vistas na TVP. As vidas infelizes e sofridas aparecem bem mais e são o foco da intervenção na terapia. Vidas felizes, apesar de trazerem boas recordações e um sentimento positivo para a vida atual, podem gerar apego e saudade, o que pode prejudicar a vida atual.

Regressão a vidas paralelas: Vidas paralelas são vidas em potencial; vidas que iriam se realizar caso tivéssemos tomado outras decisões. São linhas de vida que correm em paralelo na vida normal. Na TVP, é possível relembrar também as vidas paralelas, mesmo que elas não tenham se manifestado e só existirem enquanto uma possibilidade de realização. Ver as diferentes linhas de vida pode nos ajudar a reconhecer as escolhas equivocadas ou acertadas que fizemos.

Progressão a vidas futuras: Além de ver o passado, é possível também, em alguns casos, ver o nosso futuro desta vida, ou mesmo ver vidas futuras. As vidas futuras, porém, são apenas uma possibilidade, uma linha possível de futuro. Não é certo que elas vão se concretizar; depende sempre de nosso livre arbítrio. Porém, são situações que podem de fato acontecer. É possível ver diferentes linhas de futuro com base em nosso karma. Ver um futuro possível pode nos ajudar a rever certos comportamentos atuais e ajudar uma mudança de rumo em nossa vida, para que um futuro negativo não se torne realidade.

Autorregressão: É quando a própria pessoa provoca a regressão sem qualquer ajuda externa de um profissional. A autorregressão além de ser ineficaz terapeuticamente na grande maioria dos casos, pode também fazer vir à tona certas experiências que sozinhos não estamos aptos a lidar. Por isso, ela não é indicada.

Regressão a vida mais espiritual: Esta é a regressão que se faz a vida em que a alma atingiu o grau mais elevado de sua condição espiritual no planeta Terra. Essas vidas são caracterizadas por períodos muito longos de meditações e práticas espirituais, ou por treinamentos e exercícios místicos em templos iniciáticos do passado. As vidas mais espirituais podem ser vividas em qualquer país, mas são mais comuns na Atlântida, no Egito, na Índia, no Tibet e na Grécia. De tempos em tempos, as almas são colocadas em circunstâncias onde há um terreno fértil para o crescimento interior. A vida mais espiritual fica arquivada em nosso banco de dados espiritual e se transforma num farol de luz para as outras existências. O grande interesse demonstrado por algumas pessoas pelo esoterismo, espiritismo, espiritualismo, misticismo, etc, pode ser um efeito de uma ou mais vidas espirituais, assim como uma vida devotada a uma religiosidade mais intensa, com ou sem uma doutrina.

Regressão a outros mundos: A vida extraterrestre é percebida por um número considerável de remigrantes. Algumas pessoas estão encarnando pela primeira vez na Terra, pois antes viviam em orbes extraterrestres, físicos ou não-físicos. A vida extraterrestre pode trazer saudade, nostalgia, estranhamento ao corpo físico e das condições planetárias, e um desajuste ao mundo atual, pois muitos mundos são mais elevados do que a Terra, e as pessoas que agora nascem em nosso mundo guardam lembranças fortes, saudade e até mesmo um apego de vidas passadas em civilizações além da Terra. Nesse sentido, as vidas em outros mundos podem trazer repercussões negativas para a vida atual, que também podem ser tratadas na terapia de vidas passadas.

AS REPERCUSSÕES DE VIDAS PASSADAS

Um dos pilares do estudo e da pesquisa da Terapia de Vidas Passadas é buscar entender como uma existência passada produz consequências na vida atual. As chamadas “repercussões kármicas” de Hans Tendam são o modelo mais aceito entre os terapeutas para se classificar a causa e o efeito da reencarnação em nossa vida atual. As cinco repercussões principais são:

Trauma: É comumente definido como uma ferida ou ruptura no organismo. Há o trauma físico, ferida ou pancada que produz uma reação do organismo, como o inchaço. E há o trauma psicológico, que se entende como um dano na estrutura do ego ou da personalidade. O trauma psíquico é relativo, ou seja, não se manifesta em todos da mesma maneira e com a mesma intensidade. Dependendo de como absorvemos o trauma, ele terá mais ou menos poder dentro de nós. Um trauma pode durar semanas, meses, anos, uma vida inteira ou mesmo várias vidas corpóreas. Quando um trauma físico provoca uma ferida, caso alguém toque nela, o resultado é certamente a dor. O mesmo ocorre com o trauma psicológico: quando alguém “toca” numa ferida psicológica, o resultado é a dor psíquica, a fuga, a esquiva, uma reação forte contrária, dentre outros mecanismos de defesa. O trauma mais forte é considerado a morte. É muito comum a morte ocorrer junto com um trauma, ou a forma como se morreu ser o próprio trauma. Traumas de vidas passadas são os mais comuns geradores de problemas na vida atual, embora existam outros.

Hangover: Trata-se de um estado experimentado por uma alma durante a vida caracterizado por uma desesperança muito grande, provocando um descontentamento geral. É um sentimento de cansaço, uma dificuldade de sentir emoções mais profundas. Diferentemente do trauma, o Hangover não foi criado num momento específico, mas numa série repetitiva de situações, estabelecendo uma sensação de apatia e superficialidade da vida interior. Sentimos uma espécie de derrota. Como se tivéssemos perdido a nós mesmos, sem disposição para lutar. Entorpecimento, apatia, superficialidade, vazio, tédio, repressão são algumas características dos hangovers. Podem vir de vidas longas e repetitivas de atividades domésticas. Podem vir também de vidas de escravidão, trabalhos forçados, pobreza, servidão e prostituição. Sentimos que nada vai mudar, que não há o que fazer; vamos murchando e perdendo nossa capacidade de reagir.


Postulado de Caráter: Um postulado de caráter pode ser definido como uma decisão, autoimposição, crença, ideia-fixa ou programa mental. Tendam define como “representações verbais dos elementos do nosso caráter”. São padrões rígidos e inflexíveis de crenças construídas e compulsivamente repetidas. São opiniões e atitudes persistentes e subjacentes ao nosso caráter, ou seja, a nossa estrutura psicológica. Por exemplo: “Sou um fracasso”; “Não sirvo pra nada”; “Não tenho esco­lha”; “Nada em minha vida anda”; “Ninguém gosta de mim”; “Nenhum homem presta”; “Ninguém é confiável”; são al­guns exemplos básicos de postulados de caráter. Os postulados passam de uma vida a outra, e podem ser gerados por traumas ou mesmo hangovers. Existem níveis mais e menos profundos de postulados, e postulados mais ou menos arraigados. Postulados podem gerar problemas diversos, bloqueios, di­ficuldades, preconceito, temor, rixas, disputas, irreflexão, impulsos, reatividade, conservadorismo, moralismo, liberalismo extremo, dentre muitos outros efeitos. Postulados também podem mudar nossa opção sexual e causar bloqueios afetivos. Se fui traído numa vida passada pela esposa que amava, posso decretar que “Nunca mais quero saber de mulheres”. Um postulado pode ser um programa autorrealizável. Se creio em algo, a tendência é criá-lo. Exemplo: “Sou um fra­casso”. Acreditar nisso inibe nossa capacidade de estudar, se aperfeiçoar e crescer. Naturalmente, nossa chance de sucesso se torna bem reduzida.

Pseudo-Obsessão: Trata-se da obsessão de nossas próprias personalidades de vidas passadas diante de nossa personalidade atual. A pseudo-obsessão se caracteriza pela influência da personalidade do passado. Tendam define da seguinte forma “As Pseudo-obsessões são perso­nalidades anteriores que vivem em torno ou dentro de nós como se fossem outras pessoas”.(…) “Um pseudo-obsessor não é um resíduo parcial de uma vida passada e sim a personalidade total dessa vida passada”. É como se dentro de nós existissem vários personagens diferentes, cada um com sua história e suas características. a grande causa da pseudo-obsessão é uma morte não-assimilada e incompleta, ou seja, quando uma pessoa passou pela transição mas reteve algo da experiência de morte. A melhor forma de tratar uma pseudo-obsessão é a renovação da experiência de morte dessa personalidade. Como diferenciar uma pseudo-obsessão de uma obsessão? A primeira é uma parte de nós, um eco do passado, uma persona que fomos nós mesmos e que continua existindo isoladamente. A se­gunda é uma entidade espiritual própria, independente, que se liga a nós por alguma razão.

Alienação: É um conceito formulado por Hans Tendam. No sentido em que a TVP atribui a essa palavra, nada tem a ver com alienação social, ignorância, falta de conhecimento da realidade que nos cerca. Trata-se de um sentimento ou estado de não pertencimento ao lugar em que se encontra ou de se estar “fora de casa”; distante do “nosso lugar” no cosmos. Ser um “estranho no ninho”, não ser daqui; sentir saudade de outro lugar ou outra época. A alienação tem como resul­tado sentimentos de nostalgia, isolamento e abandono, além de desadaptação ao mundo. A pessoa sente-se meio perdida num mundo que não é o seu. Alienação no sentido de alguém sentir-se um alienígena no seu contexto de vida atual. A pessoa se percebe como um estranho, alguém de fora, que não faz parte de sua realidade atual, ou mesmo do planeta Terra. Alguns se sentem meio que “perdidos” neste planeta, sem entender o que fazem aqui, qual a sua função ou como devem se adaptar ao mundo. Apesar de esta ser uma sensação mais sutil, ela pode gerar toda uma série de sintomas psicopatológicos, tendo como o principal a depressão. Alguns indivíduos “alienados” não veem sentido na vida, sentem um vazio imenso, como se algo lhes faltasse, e o essencial: parecem sentir uma forte nostalgia de algum lugar que não sabem qual é. O sentimento de abandono quase sempre está presente, e a consequência inevitável é o isolamento em maior ou menor grau, e em alguns casos, apresentam problemas de relacionamento. Estes indivíduos olham para o céu e sentem falta de outra época, de outro local e condição, mas não sabem identificar do que se trata. Em alguns casos, podem ter alguns fragmentos de visões e sensações de como era estar neste “lugar ideal”. Em casos mais raros, podem ter nítidas lembranças espontâneas deste outro mundo, com percepções claras de si mesmos vivendo nesta outra realidade. A técnica para se tratar a alienação é o chamado “Homing”.

Os Papéis de Vidas Passadas

Os papéis são as principais posições em que uma alma se encontra ao longo de várias vidas. Esses papéis frequentemente se modificam de uma vida a outra, indo de um extremo e outro.

Vítima: Vítima é aquela pessoa que foi submetida a toda uma série de situações negativas e catástrofes em vidas anteriores, das mais simples às mais complexas, das mais graves às mais leves, sejam físicas, psicológicas ou espirituais. A vítima geralmente é objeto de muito sofrimento que é causado por outro, chamado de algoz. Porém, há uma diferença fundamental entre ser vitimado em vidas passadas e sentir-se uma vítima das circunstâncias na vida atual. “Sentir-se uma vítima é uma reação a sentimentos de inferioridade”, diz Ten­dam. Netherton coloca a vítima como sendo caracterizada pela emo­ção de mágoa e ressentimento. A vítima seria a eterna magoada e injustiçada. A vítima re­pete muitas vezes “pobre de mim”, “fui injustiçado”, “ninguém me compreende”, “o mundo é hostil”, “não posso fazer nada diante dessa situação”, “não tenho capacidade para mudar”, “eles são grandes e eu sou pequeno”. Tudo isso lhe dá uma falsa justificativa de que as forças do mundo são totalmente independentes dela, e isso a isenta de responsabilidade sobre sua vida e da necessidade de desenvol­ver-se.

Algoz: Algoz ou perseguidor é um dos papéis ou posições que a alma representa nas existências corpóreas. Algoz é aquele que provocou algum tipo de sofrimento, mal ou perda em outros. Segundo Roger Woolger, as vidas de algoz vêm por último e as vidas de vítima aparecem antes durante a terapia. O algoz é um indivíduo que mal­tratou, ofendeu, perseguiu, torturou, traiu, causou dor ou qualquer tipo de dano a integridade física e mental de alguém. O algoz pode co­meter atos perversos gerados pela raiva ou mesmo pelo prazer de prejudicar, de causar o mal ou de matar. Assim como a vítima, é muito comum que o algoz de uma vida seja a vítima numa vida futura e vice versa.

Observador: Observador é aquele que se traumatiza por aderir a uma atitude de passiva observação dos eventos. Há muitos casos na TVP onde encontramos pessoas que, em vidas passadas ou na vida atual, participaram de situações em que seria necessário tomar uma atitude, mas não o fizeram. Essa inação pode ser a fonte de inúmeros transtornos, e até se generalizar para toda a sua vida em forma de passividade em momentos cruciais. O observador pode ficar parali­sado quando deveria agir e realizar. Muitas vezes, o observador, de fato, não tem poder para alterar uma circunstância negativa, mas em sua mente sente-se culpado de não ter feito algo para mudar o curso das coisas.

Perpetrador: Perpetrador é aquele que manda os outros agirem contra terceiros, sendo o incitador do mal causado. O perpetrador é um algoz indireto, pois ele mesmo não faz, mas manda fazer. Por não ter ele mesmo coragem de assumir seus atos, cuida de estimular e provocar a ação negativa de outras pessoas. Apesar do reconheci­mento da responsabilidade pessoal, o perpetrador pode ser conside­rado também responsável pelo mal que estimulou.

Salvador ou ajudador: Por último, há o papel do ajudador ou salva­dor. Este tipo de pessoa é a “boazinha”, mas essa bondade não se fixa em fazer o bem aos outros, mas por que deseja obter algo em troca; espera que o outro a recompense de alguma forma, seja por meios materiais, como objetos, coisas, presentes, ou alimento psico­lógico, como reconhecimento, favores, etc. O salvador é aquele que se “sacrifica” pelo outro; que sempre está disposto a ajudar alguém mesmo abdicando de si mesmo. Passa mais tempo pensando na vida dos outros do que na própria vida. Isso pode indicar que ele tenta fugir dos desafios que devem ser enfrentados em sua vida, e passa a viver a vida do outro. Ajuda os outros para não ter que ajudar a si mesmo. Muitas vezes, o salvador fica à espera de uma “recompensa divina”, como um lugar guardado no céu, uma produção de karma positivo para obter facilidades no futuro, ou mesmo uma ajuda direta de Deus. A frase que mais cabe no ajudador seria “Ajudo os outros para não ter que me ajudar e faço para obter algo em troca”.

Os Votos de Fidelidade ou Compromisso

Os votos são como um juramento ou uma promessa perante nossa consciência ou diante de um grupo. Essa promessa firma uma aliança vibratória entre nós e o objeto do voto; um laço que nos prende a certa situação de nosso passado. Todos estes votos são passíveis de tratamento na TVP. Os principais votos são:

Pacto de Sangue: pode ser considerado um contrato, asso­ciação ou acordo entre duas ou mais pessoas com poder de criar laços sutis e vibratórios entre as partes do pacto. O pacto engendra uma relação de dependência entre os participantes. Esses pactos eram comuns em círculos mágicos antigos, mas também é encon­trado nos dias atuais. Seus membros desejavam manter uma aliança sutil e com isso faziam pequenos cortes em sua mão ou dedos, fazendo-os sangrar e colocando o sangue de um adepto em contato com o sangue dos outros. Assim, estabelece-se uma associação vital que permanecerá mesmo após a morte do corpo físico. Na TVP, é comum encontrarmos pessoas que se envolveram em pactos de sangue e ainda hoje se encontram unidas a outra pessoa. Além da ligação entre duas pessoas, os pactos de sangue podem se estender a grupos. O contato com o sangue de diversas pessoas pode criar correntes de energia astral que prendem a pessoa àquela vibração, não permitindo maior autonomia de ação, muitas vezes fechando nossos caminhos.

Voto de Castidade: Também chamado de celibato ou voto celibatário. É um juramento realizado onde se promete abstinência completa de qualquer ativi­dade sexual. Algumas religiões milenares enfatizam o valor dos votos de celibato aos religiosos praticantes em geral. O voto de castidade é muito comum na Igreja Católica, onde padres, bispos, freiras e toda a hierarquia eclesiástica é obrigada a cumpri-lo integralmente. No Budismo, os monges também são orientados a dispensar completa­mente os prazeres sexuais e levar uma vida de total abstinência. Os votos de castidade podem criar uma série de dificuldades sexuais nas vidas seguintes.

Voto de Pobreza: É geralmente compreendido como uma escolha de tornar-se pobre com o objetivo de seguir regra religiosa e largar todos os bens para concentrar-se apenas no divino, no trans­cendente. Essa motivação se baseia na crença de que os bens materiais teriam a força de desviar a atenção dos verdadeiros adep­tos espirituais do “chamamento divino” e de uma vida em concordân­cia com os ditames religiosos. Seria preciso, segundo eles, despojar-se de tudo, abandonar todas as posses, desprover-se de qualquer suporte financeiro e material para se dedicar integralmente a Deus e ao caminho espiritual. Votos de pobreza podem criar uma série de dificuldades em nossa vida profissional e na adequação a vida mundana nas existências seguintes.

Voto de Silêncio: Trata-se da promessa de manter silêncio, com uma ausência total da fala, por um período mais ou menos longo. Um exemplo de repercussão negativa de um voto de silên­cio é um monge que cumpria o silêncio em seu mosteiro, mas ao passar pela transição (morte) ele pode encarnar-se numa vila de outro país, numa família de mercadores e comerciantes, onde pode ser preciso participar do comércio e vender seus produtos para sua sobrevivência. Para isso, ele deve exercer a sua capacidade de comunicar-se, deve ser dinâmico e ativo. O voto de silêncio que fez no passado pode atrapalhar o pleno desenvolvimento dessa habili­dade, posto que durante anos ou décadas ele se dedicou ao silêncio, acostumando-se com ele. Dessa forma, quando identificamos esse aprisionamento ao passado, é necessário desfazer esse voto para que a personalidade atual possa desenvolver devidamente sua fala e expressão. Por outro lado, um voto de silêncio pode produzir uma ex­cessiva demanda de fala numa próxima vida. É possível alguém ser muito falante e comunicativo numa vida posterior por ter abdicado da expressão numa vida passada.

INFLUÊNCIA DE VIDAS PASSADAS

Personalidade de vida passada: Trata-se da personalidade que formamos e sedimentamos em cada uma de nossas vidas passadas. A personalidade de outras vidas influencia a vida atual, pois ela possui gostos, padrões, tendências, comportamentos, moral, crenças, etc. Ela é formada pela influência do meio, educação dos pais, cultura e pelas circunstâncias da vida. A personalidade pode conter características bem diferentes e até mesmo opostas de uma vida a outra. Após a morte, a nossa personalidade não se dissolve completamente, ela pode se preservar com maior ou menor influência sobre nossa vida atual. Em determinadas fases de nossa vida atual, algumas personalidades de vidas passadas podem estar mais ativas do que outras, dependendo das circunstâncias que estamos passando. Cada personalidade pode se opor a outra ou a outras personalidades, e isso criar um conflito interno em nosso psiquismo. As habilidades, a força e as características de uma personalidade passada podem ajudar ou atrapalhar a nossa vida atual, dependendo de qual contexto ela emergir. Uma vida de monge pode atrapalhar um homem de negócios, ou uma personalidade de guerreiro pode atrapalhar uma negociação, pois o guerreiro pode julgar que o melhor é destruir, e não negociar. Durante a encarnação inteira nós experimenta­mos uma personalidade de vida passada como um aspecto, tendência ou com­portamento de nossa personalidade atual. Por exemplo, uma personalidade de freira pode se traduzir por um comporta­mento de evitação ao prazer. Uma personali­dade de soldado pode se expressar como impul­sos e reações repentinas de raiva. Uma personalidade de nobre pode estar presente e se manifestar como desejo de mando, autori­tarismo e desprezo pelos pobres. Uma personalidade de senhor de escravos negros pode estar representada no racismo, e assim por diante. Muitos não sabem, mas as personalidades de vidas passadas podem incorporar ou se manifestar em nós mesmos, ou até em outras pessoas de nosso convívio. Há casos de pessoas que perceberam o controle de determinada personalidade estranha sobre sua mente, e depois verificaram se tratar de uma vida passada influindo em nosso presente. Sensitivos e médiuns podem perceber, incorporar e tratar nossas personalidades de vidas passadas, mesmo sem a nossa presença física. Por exemplo, as técnicas de Psicotranse e Apometria trabalham nessa linha. Na Terapia de Vidas Passadas, nossas personalidades do passado podem se apresentar ao paciente e falar diretamente com ele, face a face, como se estivéssemos falando com outra pessoa. As personalidades de vidas passadas podem conquistar maior ou menor autonomia dependendo da energia que conferimos a ela. É possível que a psicose ou a esquizofrenia, as­sim como outros tipos de transtornos men­tais, tenham sua gênese na fragmentação da personalidade em múltiplas partes que estão to­talmente dissociadas. Em alguns centros, médiuns podem captar personalidades de vidas passadas dos consulentes e acreditarem que se tratam de espíritos desencarnados. Muitos desses personagens que habitam dentro de nós formam aquilo que os psicanalistas atuais chamam de memórias ocultas do inconsciente.

Véu do Esquecimento: Diz-se de uma barreira de nossa memória que nos impede de resgatar diretamente memórias de vidas passadas. Esse véu teria como principal função nos ajudar a formar uma nova personalidade sem tanta influência de nossas outras personalidades, e permitir o convívio com os mesmos espíritos que fizeram parte de nosso passado encarnatório. O véu do passado é algo relativo, haja vista o imenso número de casos de pessoas que se recordam de suas vidas passadas. É um equívoco supor, como declaram alguns espíritas mais inclinados à ortodoxia, que o Espiritismo não recomende a TVP, pois na época de Kardec sequer existia a TVP. Por outro lado, a proteção desse véu é relativa, posto que As experiências pretéritas continuam vivas e presen­tes dentro de nós; elas permanecem nos influenci­ando e produzindo efeitos. Uma pessoa esfaqueada em vida passada pode apresentar dores na região da facada. Uma mãe que matou seu filho apresentará culpa na vida atual (sem saber de onde vem essa culpa). Um filho que abandonou o pai numa vida passada pode sentir que precisa proteger seu pai de tudo hoje em dia e fazer sua vida girar em torno desse cuidado. Isso porque tudo o que vive­mos no passado já está dentro de nós. Não ficou no passado, está no presente. Portanto, o véu pode ser levantado em diversas situações que podem nos proporcionar uma chance de entendimento, liberação, cura e desapego do passado, tal como a Terapia de Vidas Passadas tem nos indicado com base em milhares de experiências.



Autor: Hugo Lapa

Atendimento com Terapia de Vidas Passadas

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